Lava Jato: Cerveró : Campanha de Lula de 2006 recebeu até R$ 50 Milhões de propina de Angola


Lava Jato: Cerveró: Campanha de Lula de 2006 recebeu até R$ 50 Milhões de propina de Angola




Brasília (DF) – O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró revelou à Justiça que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em 2006 contou com até R$ 50 milhões de propina. O dinheiro, segundo Cerveró, seria proveniente da aquisição de US$ 300 milhões de blocos de exploração de petróleo na África, em 2005.

Segundo documentos obtidos pelo jornal Valor Econômico, divulgados nesta segunda-feira (18), as informações foram prestadas a investigadores da Operação Lava-Jato antes de Cerveró ter fechado acordo de delação premiada, assinado em novembro do ano passado.

Para o deputado federal Delegado Waldir (PSDB-GO), integrante da CPI da Petrobras, a afirmação do ex-diretor, apesar de “extremamente grave”, não é “novidade”. “Durante os interrogatórios que fizemos na CPI já tínhamos plena convicção de que chegaríamos ao Palácio do Planalto. Vejo, neste momento, a necessidade da prisão do ex-presidente, um dos maiores criminosos deste país”, disse.

Segundo a reportagem, Cerveró contou que soube das informações por intermédio de Manuel Domingos Vicente, que presidiu o conselho de administração da estatal petrolífera de Angola, a Sonangol, e hoje é vice-presidente do país.

“Manoel Vicente foi explícito em afirmar que US$ 300 milhões pagos pela Petrobras a Sonangol, companhia estatal de petróleo de Angola, retornaram ao Brasil como propina para financiamento de campanha presidencial do PT em valores entre R$ 40 e R$ 50 milhões”, declarou, segundo o jornal.


Teia de aranha

O tucano destacou também a confiança na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público Federal (MPF). Na avaliação dele, o ex-presidente Lula criou uma “teia de aranha criminosa” com o intuito de beneficiar não apenas os agentes políticos, mas também seus familiares.

“Infelizmente, o governo do PT foi instalado para dilapidar e roubar o país, não para gerir e administrar. Nós acreditamos, no entanto, que a justiça brasileira não terá parcialidade quando chegar ao capo desta organização criminosa, ou seja, ao ex-presidente Lula. O cidadão pode estar certo de que as revelações não irão parar”, afirmou.

psdb

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