Aécio Neves : "Rebaixamento da Petrobrás é um desastre provocado pela incompetência do governo"


Aécio : " Rebaixamento da Petrobras é um desastre provocado pela incompetência do governo"




Cunha vê rebaixamento da Petrobras como 'alerta'; Aécio fala em 'desastre'

Presidente da Câmara e senador do PSDB repercutiram decisão da Moody's.
Agência de risco rebaixou notas e Petrobras perde grau de investimento.

Do G1, em Brasília


Um dia após a agência de classificação de risco Moody's rebaixar as notas de crédito da Petrobras, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDb-RJ), classificou nesta quarta-feira (25) a medida como um "alerta". Na visão do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o rebaixamento da estatal do petróleo é "um desastre provocado por incompetência do governo".







Com a decisão da agência de risco, a Petrobras perdeu grau de investimento – aplicações consideradas seguras para os investidores. A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a rebaixar a nota de crédito corporativo da Petrobras para grau especulativo. A empresa ainda tem grau de investimento pelas agências Fitch e Standard & Poor's.


Para o presidente da Câmara, a sociedade vai acabar pagando um custo maior pela necessidade que a empresa tem de captar recursos para investimento. O peemedebista disse ainda que está na hora de repensar o "papel" da Petrobras.


Desafeto do Palácio do Planalto, Eduardo Cunha destacou que a perda do grau de investimento se deu por conta do atraso na divulgação do balanço da estatal e pela dificuldade de se quantificar o impacto dos desvios causados por irregularidades. O deputado do PMDB, entretanto, evitou fazer uma ligação entre o rebaixamento da Petrobras e a possibilidade de mudança da nota do Brasil.


Já o senador Aécio Neves, derrotado pela presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014, aproveitou o rebaixamento do grau de investimento da Petrobras para criticar a gestão petista. Por meio de nota, o tucano afirmou que a decisão da Moody's ocorreu pelo "excessivo intervencionismo" do Executivo federal e pelo "aparelhamento da empresa".


"O rebaixamento não prejudica apenas a Petrobras, já que o custo de capitalização de todas as empresas brasileiras será mais caro. É uma péssima sinalização. Além disso, se o governo decidir socorrer a Petrobras, ajudando a pagar a dívida da empresa, o ajuste fiscal do país fica ainda mais prejudicado", opinou Aécio.


O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reconheceu que já esperava essa reação do mercado. “Dificilmente, eu esperaria outra avaliação de risco da empresa. Eu já estava esperando”, admitiu. No entanto, Guimarães ressaltou que a mudança no comando da Petrobras aponta para uma recuperação no futuro e afirmou que não vê impacto no reerguimento da empresa.


“O presidente [Aldemir Bendine] mal começou. As primeiras manifestações dele sinalizam um novo caminho de recuperação dos ativos da empresa, de recuperação do valor de mercado da Petrobras. Portanto, isso não vai impactar em nada o trabalho de recuperação da empresa, do prestígio como grande petroleira brasileira”, disse, concordando com Lobão de que se trata apenas de uma “tempestade”. “A Petrobras é forte, é robusta”, acrescentou o líder do governo.


saiba mais

Moody's rebaixa todas as notas e Petrobras perde grau de investimento
Para oposicionistas e aliados, queda na nota da Petrobras era 'esperada'


Candidato a vice na chapa de Aécio Neves na corrida presidencial do ano passado, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse ver com pessimismo a atual conjuntura da principal estatal brasileira.


“É terrível porque isso vai ter consequências não só na Petrobras, mas nas empresas que fornecem para a Petrobras. O setor de petróleo e gás no Brasil é 13% do PIB em uma economia que já está em recessão e agora recebe um golpe muito forte”, declarou.


Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo senador Aécio Neves:


O rebaixamento da Petrobras é um desastre provocado pela incompetência do governo. Uma empresa que até poucos anos era a que mais investia, hoje é a que tem o maior endividamento do mundo. Isso ocorreu pelo excessivo intervencionismo do governo e pelo aparelhamento da empresa, culminando com o maior escândalo de corrupção de nossa história.


O rebaixamento não prejudica apenas a Petrobras, já que o custo de capitalização de todas as empresas brasileiras será mais caro. É uma péssima sinalização. Além disso, se o governo decidir socorrer a Petrobras, ajudando a pagar a dívida da empresa, o ajuste fiscal do país fica ainda mais prejudicado.


Uma empresa com corpo técnico competente, que ainda é a empresa que mais investe em inovação, não merecia uma condução tão desastrosa, o que é exclusiva responsabilidade dos governos do PT.

fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/cunha-ve-rebaixamento-da-petrobras-como-alerta-aecio-fala-em-desastre.html

Comentários